Todos choram, e
mostram seu sorriso a Deus, todos vivem de várias formas, uns de formas mais
sutis que os outros. Alguns vão pra guerras e nunca mais voltam, outros amam, e
morrem aos poucos. Alguns nem sabem o que é nascer, alguns não sabem qual
caminho trilhar, e quando dizemos”Deixem-no, deixem-nos viver pra sempre” riem
de nós. E por quê?
Cadê os sonhos? Quem
disse que os sonhos não podem ser reais? E por quê? Por que és tão distante do
mundo? Por que está dentro de seu quarto de pernas abraçadas, cabeça baixa, e
chorando? Por que choras? O mundo lá fora é grande, e ele quer lhe ver sorrir.
Vem a cá pequena
menina, olhe em meus olhos, diga-me o que vê? Han? Ande, aperte minha mão, me
abrace, irei te mostrar o caminho, olhe aquela lua, ela está radiante não está?
Mesmo com o mundo em ruínas ela ainda brilha, brilha com esperança, de que tudo
pode vir a ser mudado, e você? Você ficará
aí? De braços cruzados, achando que não pode voar?
Deus lhe deu asas,
menina. E elas não estão aí pra ficarem guardadas, estão aí pra serem usadas e
assim, fazer com que você voe, voe para longe, levando consigo a felicidade a
quem precisa, levando a esperança, e levando suas palavras, para que amoleça os
corações duros que vir a encontrar.
E quando outra noite
cair, você olhará no espelho, e verá que fez a diferença.
E mesmo que a
tristeza cair sobre seus braços, e você se ver, deitada sobre uma mesa com um
copo de whisky pela metade, um cigarro queimando no cinzeiro, e uma carta em
suas mãos, dizendo, apenas:
“A culpa foi nossa,
por não termos tentado!”
Lembrarás de pegar
aquele telefone, e ligar, mas do outro lado apenas uma linha muda irá ouvir,e
mais uma vez o medo vai lhe atingir, mas você já estará preparada, porque o
mundo irá lhe culpar, mas eu, eu estarei aqui menina, pra te dizer, e te
abraçar. E secar todas as tuas lágrimas eu estarei aqui.
Vendo suas fotos, me
lembro de como você era, e no que você se tornou, e me entristece saber que a
minha criança, está escondida. E está
sofrendo por não conseguir soltar-se novamente, e mais uma vez a noite chega, e
mais uma vez eu fico aqui, deitado nessa cama,e te vendo chorar, choras em
silêncio, achando que não ouço. Mas meu coração ouve, e chora junto, por não
poder lhe salvar!
Então apenas levanto
de madrugada, acendo meu cigarro, sento na varanda, vejo a Lua e peço pra que
ela te guarde, já que eu, um homem que sempre te amou, não posso te salvar,
peço pra que ela faça isso. Sofro por
saber que não sou aquele com quem você sonha durante a noite, sofro por saber
que o nosso amor é singular, e que apenas eu o sinto. Mas se for pra ser feliz
com ele, que seja... Não te escondas, vá atrás daquele que te faz bem, assim
como um dia eu fui atrás de você, mas, por favor, não olhes pra trás, não me
procure nele. E quando o dia chegar, e seu suco não estiver preparado e seu
queijo separado, por favor, não vá dizer a ele que algo está faltando.
E quando nossas
musicas tocarem, por favor, não chores, ele pode perceber.
Não faça com ele, o
que faz comigo. Esconda nossos bilhetes, os queime se possível, porque me dói,
quando seu celular toca e você vai pra varanda atendê-lo.
E mesmo que eu esteja
de volta, não serei o mesmo, meu cabelo branqueado, minha voz e mãos tremulas,
meu coração quase parando, estará sentado naquele banco de praça, apenas te
admirando, e você, não se lembrará de mim, mas eu lembrarei todos os dias, de
nossas conversas, e nossos sonhos. Sonhos interrompidos por alguém que eu nem
conheci. Apenas o via em seus olhos.
Você está do outro
lado da praça, tão linda. Então pego uma rosa, e entrego-lhe, você com doçura
no olhar, age como se me reconhecesse, então uma voz atrás de mim, me diz:
-“Senhor, desculpe,
mas ela não fala, perdeu os sentidos por causa da velhice, mas garanto que ela
agradece”
Olho então em teus
olhos, uma menina de cabelos pretos, de olhos amendoados, com um vestido
florido. Toco em tua mão e pergunto:- “Te conheço? De algum lugar?!
“ Não senhor,
acredito que não, não sou daqui,
voltamos a esse lugar recentemente, esse era um de seus desejos voltar
aqui nessa praça, mas nunca me contou o porque,apenas me mostrou algumas cartas
já amareladas com o tempo, dizendo de uma arvore, árvore do qual nunca a
encontrei”
“E você, és neta
dela?”
“Não senhor, minha
mãe. Meu Pai nunca pôde conhecer.”
O tempo foi passando,
o sol abaixando, e aquela menina precisava voltar para casa, me convida a tomar
um café. Conheço sua humilde casa, tudo estava em seu lugar, ela não havia perdido
sua mania detalhista. Enquanto a menina colocava-a pra dormir, fui andar pelo
seu quintal, onde a nossa arvore estava ali, e não na praça. E naquela arvore,
tinham-se feito uma casa, nessa casa tinha um baú,e nesse baú, um bilhete:
“Esse possivelmente será
o ultimo bilhete meu que lerá, estou grávida, mas não conhecerás, pois ela é
apenas minha. Não tente entender, apenas sei que quando vir a ler isso não
farei mais parte deste mundo. Sendo assim apenas cuide”
Voltando pra dentro
da casa, em sentindo ao seu quarto, encontro a menina chorando, seu coração
havia parado.
Beijo-lhe a testa, e
pela ultima vez lhe digo “Eu te amo”
MUITO LINDO! FIQUEI COM OS OLHOS CHEIOS DE LÁGRIMAS
ResponderExcluirMuito obrigada *-*
ExcluirAmei =)
ResponderExcluirObrigada *________________________*
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